É difícil chegar ao Dia de Reis. Então, empurra-se o dia de Reis para o meio de Janeiro. Para o fim de Janeiro. Apenas porque é desapropriado ter uma árvore de Natal em casa no Verão. Aqui, em Lisboa, que é onde estou.
Então o sol começa a voltar, os dias ficam maiores, a natureza manifesta-se, as gretas das janelas voltam a ser abertas de manhã para arejar. Começa a ser difícil justificar o pinheirinho decorado.
Então, embrulhado num saco de plástico e em folhas de jornal, lá vai o menino para mais uma temporada enfiado na cave. Com a Maria e o José. E o pastor.
Para o ano há mais. Entretanto, interregno de menino. Passa mais tempo a dormir que acordado, coitadinho. Vai a secretária para o lugar do pinheirinho, a cara do Fernando Pessoa para o lugar dos anjinhos, a aparelhagem para o lugar do S. José.
Então, embrulhado num saco de plástico e em folhas de jornal, lá vai o menino para mais uma temporada enfiado na cave. Com a Maria e o José. E o pastor.
Para o ano há mais. Entretanto, interregno de menino. Passa mais tempo a dormir que acordado, coitadinho. Vai a secretária para o lugar do pinheirinho, a cara do Fernando Pessoa para o lugar dos anjinhos, a aparelhagem para o lugar do S. José.
Venham os bikinis de Fevereiro. Estou preparada para o Verão.