Era meia noite, fizemos questão de ir à meia noite pelas estradas mais sinuosas. E de comer muitas pipocas. E de nos sentar na fila de trás "para curtir", longe da adolescência que se ria de cada vez que se via sangue no ecrã.
E lembrei-me daquela bebida de cor verde que sempre marcou presença nas nossas festas do pijama, a par com Scream, Exorcistas, Mitos Urbanos e histórias super verdadeiras de gente macabra que morria e ressuscitava. Festas que terminavam sempre com o vislumbrar de espíritos, que nos faziam ir para o telhado com jogos do copo e copos de pisang ambon.
E das fofocas nocturnas, das zangas femininas que durariam para sempre, das directas, das maquilhagens coloridas da loja dos 300, dos Carnavais cinco vezes por ano, das quedas constantes dos saltos altos, dos subornos que acatávamos em silêncio para que não fossem divulgados os papelinhos passados nas aulas de física que não tinham interesse nenhum.
E gostei.